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Entidades cobram medidas da Prefeitura de Jundiaí contra impactos da ”3a Onda da Covid”

”A cidade precisa estar estruturada para proteger seus cidadãos de todas as formas”, diz Fé Juncal, presidente da AAPJR

Entidades de todos os segmentos de Jundiaí encaminharam nesta sexta-feira (28) uma carta à Prefeitura solicitando informações sobre quais medidas a administração local pretende tomar para evitar os impactos da 3a onda da Covid-19, já anunciada por especialistas da área da saúde. Prevista  inicialmente para ocorrer no final de junho ou início de julho, a 3ª onda  está mais próxima do Brasil.

“A 3ª onda tem potencial de ser devastadora se o Brasil não levá-la a sério, como aliás não levou a sério nem a primeira, nem a segunda onda”, informou o epidemiologista e ex-reitor da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) Pedro Hallal ao site G1. ”No caso do Brasil, a 3ª onda é extremamente preocupante porque a gente já parte de um patamar muito alto. O momento está começando e nós já estamos com 2 mil mortes de média móvel diária. Então, não há como fazer uma previsão otimista”, afirma Hallal

A direção da Associação dos Aposentados e Pensionistas de Jundiaí e região destaca que o momento é muito preocupante e, justamente por haver tantas mortes (o país já superou a triste marca de 450 mil mortos), escassez de vacinas e leitos por conta do negacionismo e total falta de planejamento e seriedade do governo Bolsonaro, é de suma importância que os cuidados máximos comecem pelas cidades. ”Estamos muito preocupados com a chegada do inverno, com o número de variantes que estão surgindo e se vamos ter leitos para todos os doentes”, diz Fé Juncal. ”A cidade precisa estar estruturada para proteger seus cidadãos”.

As 35 entidades, que inclui organizações sociais, sindicais, coletivos e partidárias, aguardam resposta da Prefeitura.

Confira o documento na íntegra:

À sociedade jundiaiense,
Ao Prefeito Luiz Fernando Machado,
À Câmara Municipal de Jundiaí,
Ao Ministério Público do Estado de São Paulo

Considerando que, apesar de todos os avisos e alertas, Jundiaí sofreu muito com a 2a.
onda da pandemia e adotou medidas tardias para reduzir a transmissão na cidade.
Considerando que Jundiaí já apresenta 7 dias de aumento na média móvel de mortes e tem
observado o aumento de casos e internações (Fonte: Site da Prefeitura de Jundiaí. Acesso
em 26 de maio de 2021, 13h35);
Considerando os baixos índices de isolamento social da cidade, que está em torno de 34%;
Considerando a lentidão da vacinação (por culpa do Governo Federal não ter comprado as
vacinas com urgência) e a baixa proporção da população totalmente imunizada, em torno
de 12% (50.305 pessoas receberam as duas doses das vacinas aplicadas na cidade,
segundo o site da Prefeitura de Jundiaí – acesso em 26 de maio de 2021 às 13h40);
Considerando que a região de Ribeirão Preto e Franca já começam a fechar por conta do
aumento de casos e da ocupação de leitos de UTI ocorrido nos últimos dias (e o mesmo
começa a ser observado em mais cidades de nosso Estado);
Considerando ainda os riscos e incertezas relacionados à variante P4 encontrada no interior
de SP que pode chegar à Jundiaí;
Considerando também a variante indiana, notadamente mais letal e com maior risco de
transmissibilidade, que já foi encontrada em 4 Estados e pode chegar à nossa cidade;
Considerando ainda a chegada do inverno, o que aumenta a transmissibilidade de infecções
virais;
E considerando, por fim, a declaração de 26/5/21 do próprio Gestor de Saúde de Jundiaí
Tiago Teixeira que diz que o cenário pode ser “devastador” em uma terceira onda,
destacando que “é pouco provável que não tenhamos uma terceira onda no Brasil, no
Estado e em Jundiaí, nos meses de junho e julho…”;
O Comitê Pela Vida e todos os movimentos, entidades, sindicatos e partidos subscritores
desta nota vêm a público perguntar:
Que medidas específicas estão sendo tomadas para PREVENIR a 3a. onda na cidade?
(barreiras sanitárias; distribuição em massa de máscaras PFF2; ampliação da testagem;
maior fiscalização como foi feita no final de março e abril; ação específica nos bairros mais
atingidos, entre outras?)
Se já existe algum planejamento dessas medidas específicas, quando a Prefeitura vai
iniciá-las ou comunicá-las à sociedade?Jundiaí, 28 de maio de 2021
Assinam
1. Comitê Pela Vida Jundiaí
2. APEOESP Subsede Jundiaí – Sindicato dos professores do ensino oficial do estado
de São Paulo
3. Associação dos Aposentados e Pensionistas de Jundiaí e Região (AAPJR)
4. Centro de Orientação Ambiental Terra Integrada (COATI)
5. Círculo Palmarino
6. Coletivo Cultura Jundiahy
7. Coletivo Japy
8. Coletivo Re-existir
9. Coletivo Rima Útil
10. Coletivo Valérias
11. Grupo Psicanálise, Cultura e Sociedade
12. Instituto da Advocacia Jundiaiense e Região (IAJUND)
13. Jundiaí Sem Racismo
14. Movimento Cardume
15. Movimento das Trabalhadoras e Trabalhadores pela Educação Laica, Pública, Direta
e de Qualidade em Jundiaí – Motte Jundiaí
16. 33ª Subseção OAB/SP – Jundiaí
17. Olhares e Vozes Antirracista
18. Partido Comunista do Brasil (PCdoB) – Jundiaí
19. Partido Democrático Trabalhista (PDT) – Jundiaí
20. Partido dos Trabalhadores (PT) – Jundiaí
21. Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) – Jundiaí
22. Partido Socialista Brasileiro (PSB) – Jundiaí
23. Pedala Jundiaí
24. Rede Sustentabilidade (REDE) – Jundiaí
25. Rede Valentes
26. Sindicato dos Bancários de Jundiaí e Região
27. Sindicato dos Empregados no Comercio de Jundiaí e Região
28. Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo – Delegacia Regional de Jundiaí
29. Sindicato dos Gráficos de Jundiaí e Região
30. Sindicato dos Metalúrgicos de Jundiaí, Várzea e Campo Limpo Paulista
31. Sindicato dos Professores de Jundiaí
32. Sindicato Trabalhadores Indústria Alimentação Jundiaí e Região
33. Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do mobiliário de Jundiaí
e Região
34. Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Papel, Papelão e Cortiça de Jundiaí
35. Sindicato dos Trabalhadores do DAE Jundiaí

 

fonte AAPJR

Arte: Estado de Minas (com edição SeebJundiaí)