Movimento aconteceu em todo o país no dia 14 de fevereiro. Em Jundiaí, protestos ocorreram em frente à agência do centro.
No último dia 14 de fevereiro, as agências do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), de todo o país, foram palco de protestos contra o sucateamento do Instituto e dos demais serviços públicos, promovido pelo governo de Jair Bolsonaro.
Em Jundiaí o protesto aconteceu em frente à agência do INSS da Barão de Jundiaí, no centro da cidade. A presidente da Associação dos Aposentados e Pensionistas de Jundiaí e região, Fé Juncal, informa que já são 500 agências no Brasil sendo fechadas e mais de dois milhões de processos aguardando análise. ”Não podemos nos calar diante de tanta injustiça’’, afirma.
Trabalhadores, aposentados e sindicalistas distribuíram panfletos mostrando que a atual situação é consequência da falta de investimentos e má gestão do governo Bolsonaro.
”Todos os dias alertamos a população que é preciso exigir a solução imediata dos problemas do INSS. Essa luta é de todos os brasileiros”, diz Fé Juncal. Segundo ela, todas as pessoas têm direito ao serviço público. ”Não só aposentados, mas mães com direito à licença maternidade, pessoas com problemas de saúde, que sentem dores, estão afastadas do trabalho e não pode receber durante o tratamento”.
Entre 2016, o quadro de servidores caiu de 33 mil para 23 mil. Os servidores denunciam que a atual gestão decidiu colocar funcionários que atendiam o público na retaguarda de trabalhos internos e todo o atendimento que era feito no balcão passou a ser feito por meio do INSS Digital.
“O aumento do desemprego, a desestruturação do mercado de trabalho, com o aumento da informalidade, fará com que o INSS fique ainda mais precário, porque trará menos recursos ao Instituto”, diz Douglas Yamagata, secretário geral do Sindicato dos Bancários de Jundiaí e região.
Colapso Geral
O sistema do INSS entrou em colapso geral. Filas enormes, tanto virtuais quanto nas agências, têm trazido sofrimento à população com a precariedade dos serviços e trabalhadores sobrecarregados e adoecendo. ‘’É a trágica situação do INSS atualmente’’, afirma Sérgio Nobre, presidente da Cut Nacional. Para ele, a situação do INSS é um exemplo do que vai acontecer em outras áreas, como saúde e educação. “Antes de privatizar, eles desmontam’’.
Trabalhadores X militares
‘’Para tentar amenizar os problemas do INSS, causados também pelo fechamento de agências e a falta de investimentos nos equipamentos, o governo, ao invés de apresentar soluções efetivas, como contratar mais trabalhadores, entre os milhões de desempregados, e realizar concursos públicos, chama militares da reserva para cobrir a falta de funcionários. Esses militares, já aposentados, não estão qualificados para desempenhar as funções do Instituto’’, afirma Nobre.
Confira fotos do Movimento em Jundiaí