Veja como votou cada senador
O governo Bolsonaro concluiu as reformas pretendidas pelo governo Temer, como a Reforma Trabalhista e a PEC do Teto.
Os mais pobres são os mais prejudicados e deverão trabalhar mais tempo e com isto gastaram mais recursos para contribuir com a previdência e especialmente ganharam menos.
Dos mais pobres se vai retirar quase R$ 1 trilhão e a tungada no direitos dos mais pobres se fará sentir sentir no aumento da pobreza e na desigualdade.
Bolsonaro e os partidos e senadores que votaram a favor visam agradar o mercado e com este projeto aprovado a economia vai afundar mais, visto que se retirar um trilhão do consumo das famílias.
Veja como votaram os partidos e os senadores:
Votação Aberta
Senado Federal 56º Legislatura 1º Sessão Legislativa Ordinária
PEC nº 6, de 2019, e Emendas, nos termos dos pareceres, ressalvados os destaques (1º Turno)
Modifica o sistema de previdência social, estabelece regras de transição, disposições transitórias, e dá outras providências. (PEC da Previdência).
Matéria PEC 6/2019 Início Votação 01/10/2019 22:24:21 Término Votação01/10/2019 22:48:45
Sessão 183º Sessão Deliberativa Ordinária Data Sessão 01/10/2019 14:13:00
Partido Orientação
- MDB SIM
- Podemos SIM
- PSD LIVRE
- PSDB SIM
- PT NÃO
- PROGRES SIM
- DEM SIM
- PDT NÃO
- Cidadania LIVRE
- REDE NÃO
- PROS LIVRE
- PSL SIM
- PL SIM
- PSB NÃO
- Republica SIM
- PSC SIM
- Minoria NÃO
- Governo SIM
- Partido UF Nome Senador Voto
- PDT RO | Acir Gurgacz NÃO
- Cidadania SE Alessandro Vieira SIM
- Podemos PR Alvaro Dias SIM
- PSD BA | Angelo Coronel SIM
- PSDB MG Antonio Anastasia SIM
- PSD RJ Arolde de Oliveira SIM
- PSD MG Carlos Viana SIM
- DEM RR | Chico Rodrigues SIM
- PDT CE Cid Gomes NÃO
- PROGRES PI Ciro Nogueira SIM
- MDB RO Confúcio Moura SIM
- PROGRES PB Daniella Ribeiro SIM
- MDB SC Dário Berger SIM
- MDB AM Eduardo Braga SIM
- Podemos CE Eduardo Girão SIM
- MDB TO Eduardo Gomes SIM
- Cidadania MA Eliziane Gama NÃO
- Podemos PI Elmano Férrer SIM
- PROGRES SC Esperidião Amin SIM
- REDE ES Fabiano Contarato NÃO
- MDB PE Fernando Coelho SIM
- PROS AL Fernando Collor NÃO
- REDE PR Flávio Arns SIM
- PSL RJ Flávio Bolsonaro SIM
- PT PE Humberto Costa NÃO
- PSD TO Irajá NÃO
- PSDB DF Izalci Lucas SIM
- PT BA Jaques Wagner NÃO
- MDB PE Jarbas Vasconcelos SIM
- DEM MT | Jayme Campos SIM
- PT RN | Jean Paul Prates NÃO AN.
- Cidadania GO | Jorge Kajuru SIM
- PL SC Jorginho Mello SIM
- MDB PB | José Maranhão SI
- PSDB SP José Serra SIM
- Podemos MT | Juíza Selma SIM
- PDT TO Kátia Abreu SIM
- Podemos RS Lasier Martins SIM
- PSB DF | Leila Barros NÃO
- PSD AP | Lucas Barreto SIM
- PROGRES RS Luis Carlos Heinze SIM
- MDB GO Luiz do Carmo SIM
- PROGRES AC | Mailza Gomes SIM
- PSL SP Major Olimpio SIM
- PSDB SP Mara Gabrilli SIM
- MDB PI Marcelo Castro SIM
- MDB AC Marcio Bittar SIM
- DEM RO | Marcos Rogério SIM
- Republica RR | Mecias de Jesus SIM
- PSD MS Nelsinho Trad SIM
- PSD AM Omar Aziz SIM
- PSD BA Otto Alencar NÃO
- PT RS Paulo Paim NÃO
- PT PA Paulo Rocha NÃO
- PSDB AM Plínio Valério SIM
- REDE AP | Randolfe Rodrigues NÃO
- Podemos DF | Reguffe SIM
- MDB AL Renan Calheiros NÃO
- PSDB MA Roberto Rocha SIM
- PSDB AL | Rodrigo Cunha SIM
- DEM MG Rodrigo Pacheco SIM
- PT SE | Rogério Carvalho NÃO
- Podemos RJ Romário SIM
- PSD AC | Sérgio Petecão SIM
- MDB MS Simone Tebet SIM
- PSL MS | Soraya Thronicke SIM
- Podemos RN | Styvenson Valentim SIM
- PSDB CE | Tasso Jereissati SIM
- PROS RR Telmário Mota SIM
- PROGRES GO | Vanderlan Cardoso SIM
- PSB PB | Veneziano Vital do Rêgo NÃO
- BI, MT | Wellington Fagundes SIM
- PDT MA | Weverton NÃO
- PROS RN Zenaide Maia NÃO
- PSC PA — Zequinha Marinho SIM
Presidente: Davi Alcolumbre
SIM:56
NÃO:19
PRESIDENTE: 1 TOTAL:76
fonte: Jornalistas Livres
Projeto de ‘reforma’ da Previdência passa em primeiro turno no Senado
Senador admite: brasileiro vai trabalhar mais, pagar mais, se aposentar mais tarde e receber menos. Mesmo assim, anuncia voto a favor
Com folga, por 56 votos a 19, o plenário do Senado aprovou na noite desta terça-feira (1º), em primeiro turno, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6/2019, de “reforma” da Previdência. Conforme queriam os governistas, não houve alterações em relação ao texto aprovado na Câmara. Será realizada uma nova rodada de votação, sendo novamente necessários três quintos da Casa para aprovação – pelo menos 49 dos 81 senadores. Entre outras mudanças, a idade mínima para aposentadoria vai a 65 anos para homens e 62 para mulheres. O tempo mínimo de contribuição para a aposentadoria integral vai a 40 e 35 anos, respectivamente.
Antes da votação, que teve ainda cinco ausentes, seguiu-se um longo debate no plenário, cuja sessão começou pouco antes das 19h. O resultado foi anunciado às 22h50. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), que não votou, disse que não era uma matéria “simpática do ponto de vista da opinião pública, mas necessária”. Ainda não há data para a votação do segundo turno.
Na sua fala, o senador Álvaro Dias (Pode-PR) admitiu: o brasileiro vai trabalhar mais, pagar mais, se aposentar mais tarde e receber menos. Apesar disso, anunciou voto a favor da PEC porque não havia outra alternativa, segundo ele: “Essa é uma reforma de sacrifício”. Em seguida, Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB) criticou a campanha “desonesta” do governo pela reforma, com apoio de meios de comunicação. “É nítido o constrangimento de todos (os favoráveis à PEC)”, acrescentou.
“A maior parte dos brasileiros não tem noção de aspectos essenciais da reforma da Previdência”, disse o senador e ex-apresentador Jorge Kajuru (Cidadania-GO). “A maioria da população não sabe o que consta dessa reforma, principalmente os seus pontos negativos.” Ele relatou ter conversado hoje com seu “conselheiro político”, o ex-senador Pedro Simon, que o aconselhou a votar a favor da PEC. “Eu não tenho essa vontade”, afirmou Kajuru, dizendo que votaria conforme enquete com seus eleitores, que em redes sociais se manifestaram, segundo ele, majoritariamente a favor.
Jean Paul Prates (PT-RN) chamou a atenção para a possibilidade de a PEC ter sido elaborada com base em dados distorcidos. Ele citou nota técnica de pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) sobre uma possível “falsificação” nas contas oficiais do texto governista. “Recordo a todos que, em abril, o Ministério da Economia decretou sigilo sobre os estudos, números e pareceres técnicos que serviram de base para a construção do texto da reforma da Previdência enviado ao Congresso Nacional”, afirmou. Ontem, centrais sindicais chegaram a divulgar nota pedindo suspensão da tramitação enquanto a denúncia fosse apurada.
Sem direito à aposentadoria
Mais adiante, Otto Alencar (BA), líder do PSD, disse que a bancada estava liberada, mas anunciou seu voto contrário à proposta de “reforma”. “Não há como ninguém me convencer de que o trabalhador da iniciativa privada, pendurado no andaime — repetindo, um eletricista, um pedreiro, um carpinteiro — vai conseguir contribuir 40 anos na Previdência e se aposentar com 65 anos de idade”, afirmou.
Já por volta de 22h, Renan Calheiros (MDB-AL) chamou de “balela” afirmar que a economia se recupera depois da reforma, acrescentando que a Previdência já passou por oito mudanças desde a Constituição de 1988. “Saibam os senadores que estão votando um texto mal redigido na Câmara dos Deputados”, afirmou, reiterando sua posição contrária ao projeto. “É um texto contra os direitos daqueles que menos têm”, disse o líder da Rede, Randolfe Rodrigues (AP).
No início da tarde, a PEC havia sido aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa. Partidos da oposição pediram votação em destaque de seis emendas, mas todas foram derrotadas ou retiradas. Paulo Paim (PT-RS) chegou a apresentar um voto em separado, texto alternativo com alterações mais profundas, que, se aprovadas, provocaria o retorno da proposta à Câmara. Mas o voto nem foi analisado.
Há uma “PEC paralela” (133/2019) que inclui temas que ficaram de fora do texto aprovado hoje. Essa proposta, ainda não votada, inclui itens propostos originalmente pelo governo e que foram alterados na Câmara.
Para a oposição, a PEC prejudica os mais pobres, em um país que já é um dos mais desiguais do mundo. “Temos que deixar claro que o trabalhador de baixa renda está sendo, sim, atingido”, afirmou o senador Weverton (PDT-MA). Já Eduardo Braga (MDB-AM) votou a favor, apesar de sentir, conforme afirmou, “desconforto” com as medidas “amargas” do texto.
Um dos políticos mais ricos do país, com quase R$ 400 milhões em bens declarados, segundo o site Congresso em Foco, o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), que também vai relatar a “PEC paralela”, disse que a reforma não atinge principalmente os mais pobres. “É preciso que a gente tenha muito cuidado ao falar de pobreza e riqueza sem atentar com muito cuidado e zelo para os números que estão aí. Nosso propósito foi esse, evitar impacto sobre os mais pobres, transferindo (o impacto) para os de maior faixa de renda da população”, declarou o relator.
Com informações da Agência Senado