Decisão vai amenizar situação dos aposentados que recebem apenas o salário e que poderão sacar todo o benefício de uma só vez
Em janeiro de 2024, entidades sindicais de bancários de todo o Brasil receberam denúncias de que a instituição financeira havia reduzido, para R$1.000,00, o limite de saque dos aposentados que recebem o pagamento do INSS em suas unidades. A medida obrigava os beneficiários a terem que ir mais vezes na unidade bancária, o que gerava revolta e indignação.
Para Marco Aurélio Alves, funcionário do Mercantil e coordenador Nacional da Comissão dos Empregados, valeu toda a pressão dos sindicatos sobre o banco. “Denunciamos e cobramos uma providência urgente a favor dos aposentados e funcionários, que eram muito questionados pelos clientes. Mesmo que não exista uma resolução do Banco Central que proíba o limite de saque diário, como o foi imposto pelo Mercantil, o que permite que cada banco estabeleça suas regras, a antiga limitação de R$ 1.000,00 prejudicava ainda mais os beneficiários que recebem apenas um salário-mínimo e que teriam de gastar mais com transporte e locomoção para sacar o resíduo salarial. Um verdadeiro absurdo”, observou.
Filas gigantes e falta de segurança
Além da luta pelo aumento no limite de saque, Paulo Mendonça, presidente da Associação dos Aposentados e Pensionistas de Jundiaí e região, lembra que o banco também é famoso por tratar com descaso aposentados e pensionistas, com filas enormes, falta de funcionários e falta de segurança.
Ele informa que em 2022 a Associação entregou fotos e oficio à Promotoria da Pessoa Idosa pedindo providências junto às duas agências do Mercantil em Jundiaí com foco na melhoria do atendimento. ”Aposentados e pensionistas enfrentam filas quilométricas, o que os deixa exaustos e os coloca em risco já que as filas dobram e saem do alcance da segurança”, informa o presidente, acrescentando que o Mercantil tem processos sobre atendimento em outros estados.
“Toda essa demora no atendimento e todo o tempo perdido dificultam a vida dos clientes, que têm pouco tempo para pagar as contas, fazer saques e outros serviços. É notória a falta de funcionários no Mercantil, principalmente no início de mês, dias de maior movimento, resultando em filas gigantes e confusão. Por isso, junto com o Sindicato dos Bancários de Jundiaí e região, cobramos que o Banco reveja seu processo e apresente solução imediata para o problema”
fonte Contraf-CUT, Seeb BH (foto Seeb Bragança Paulista)