Operação terá custo de R$ 14,5 milhões por mês aos cofres públicos
No dia 14 de janeiro o governo federal publicou a contratação de 7 mil militares da reserva para trabalhar no INSS por conta dos 2 milhões de processos ” represados” na jovem e famosa “fila de análise nacional” do INSS.
Com milhares de desempregados e gente que passou nos concursos do Instituto, o governo resolveu chamar militares da reserva pra ajudarem a reduzir as filas do Instituto.
A possibilidade da convocação de militares da reserva para funções civis foi incluída na lei de reestruturação das carreiras das Forças Armadas, sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em dezembro de 2019 e definida como a “reforma da Previdência” da categoria. É esta lei que prevê a requisição dos militares, com o acréscimo de 30% nos vencimentos e a possibilidade de dispensa imediata.
A operação terá custo de R$ 14,5 milhões por mês aos cofres públicos
Refletindo sobre essa ‘’nobre ação’’ do governo federal, ficamos pensando qual a real preocupação do presidente com os futuros aposentados ou pensionistas, além das milhares de trabalhadoras aguardando a liberação do salário maternidade.
Sim caros, há mães aguardando há mais de três meses pela Licença Maternidade.
E esses 30% de complementação sobre salário dos reservistas. Quem vai pagar por esses R$ 14,5 milhões? Quanto vai custar pra treinar essas sete mil pessoas sobre processos tão sérios e delicados como os do INSS/
Não seria muito mais fácil e justo contratar servidores federais aposentados do INSS para essa tarefa? Afinal é uma situação de extrema emergência social que necessita de pessoas preparadas e sem dúvidas para atuar na função. É preciso mão de obra especializada. Não há tempo para erros.
São dois milhões de processos parados desde janeiro de 2019. A gente pesquisa, analisa e não encontra uma só justificativa para o governo desembolsar tanto dinheiro público num movimento que poderia ser muito mais rápido, barato e dinâmico se não houvesse essa gana do governo em enfiar militares em tudo que é processo ou situação do governo federal e do país.
Depois de ter quebrado as pernas do Ministério da Previdência Social, ficamos sem o Conselho Quatripartite e sem controle sobre o dinheiro da Seguridade Social.
Tem ainda a conta dos atrasados desses dois milhões de processos represado. Quantos milhões serão gastos de verdade?
É nosso dinheiro em jogo. O que vamos fazer com tudo isso que está acontecendo? É absurdo demais. E, apesar da indignação que nos acerta o coração e o bolso em cheio, não podemos perder a vontade e a força de lutar contra tanta injustiça social.
Diretoria AAPJR